Psychology, Interamerican
Juventude e pobreza: Implicações psicossociais do fatalismo
PDF

How to Cite

Ximenes, V. M., & Cidade, E. C. (2016). Juventude e pobreza: Implicações psicossociais do fatalismo. Revista Interamericana De Psicología/Interamerican Journal of Psychology, 50(1). https://doi.org/10.30849/rip/ijp.v50i1.77

Abstract

Este estudo qualitativo, realizado na cidade de Fortaleza (Ceará/Brasil) objetiva analisar as manifestações do fatalismo por jovens em condições de pobreza. O fatalismo representa fenômeno psicossocial associado ao aparente conformismo dos indivíduos diante das situações de opressão decorrentes da pobreza. Realizaram-se dois grupos focais com jovens que se encontravam em situação de pobreza, totalizando doze participantes. As manifestações das atitudes fatalistas pelos/las jovens congregaram: crença no sucesso como resultante do esforço individual e da vontade divina; construção de propósitos de vida ligados às aspirações pessoais; calma aparente; silenciamento e distanciamento emocional diante de situações incômodas. É o clima de incerteza e indefinição de uma vida marcada pela pobreza que reforça o fatalismo, sendo necessário empreendermos caminhos libertários para a juventude pobre.
https://doi.org/10.30849/rip/ijp.v50i1.77
PDF

References

Abello-Llanos, R. et al. (2009). Bienestar y trauma em personas adultas desplazadas por la violencia política. Universitas psychologica. Bogotá, 8 (2), 455-470.

Armenta, M. F. (2015). Repercusiones del maltrato infantil en una población de riesgo. Interamerican Journal of Psychology, 49 (1), 108-116.

Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bastos, A.C.S, Iriart, M.F., Alcântara, M.A.R., Milani, F. & Santos, J.E.F. (2008). O risco e a possibilidade: Ser adolescente em contextos brasileiros. In L.R. Castro & V.L Besset, (Orgs). Pesquisa-intervenção na infância e juventude. (pp. 567-586). Rio de Janeiro: Trarepa/FAPERJ.

Bauer, M., & Gaskell, G. (2002). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático. Petrópolis: Vozes.

Blanco, A., & Díaz, D.(2007). El rostro bifronte del fatalismo: Fatalismo colectivista y fatalismo individualista. Psicothema, 19(4), 552-558.

Brasil (2000). Lei n°. 10.097, de 19 de dezembro de 2000. Recuperado en http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10097.htm.

Cidade, E.C., Moura Júnior, J.F., & Ximenes, V.M. (2012). Implicações psicológicas da vida em condições de pobreza para o povo latino-americano. Psicologia Argumento, 30(68), 87-98.

Coimbra, C. (2001). Operação Rio: O mito das classes perigosas. Um estudo sobre a violência urbana, a mídia impressa e os discursos de segurança pública. Rio de Janeiro: Oficina do Autor; Niterói: Intertexto.

Comision Económica para América Latina e el Caribe (CEPAL). (2004). La juventude en Iberoamérica: Tendencias y urgencias. Santiago de Chile. Recuperado de http://www.eclac.cl/publicaciones/xml/6/20266/CEPAL_OIJ.pdf.

Fanon, F. (2001). Los condenados de la tierra. México: Fondo de Cultura Económica.

Freire, P. (1980). Conscientização. São Paulo: Moraes.

Góis, C.W.L. (2008). Saúde comunitária: Pensar e fazer. São Paulo: Editora HUCITEC.

Guzzo, R.S.L., Tizzei, R.P. & Alves, L.V. (2013). Sofrimento e vida: (Im)possibilidades de enfrentamento e superações. In M.H. Bernardo, R.S.L Guzzo, & V.L.T. Souza. (Orgs). Psicologia Social: Perspectivas críticas de atuação e pesquisa. Campinas, SP: Alínea.

Kimmel, D. & Weiner, I. (1998). La adolescencia: Una transición del desarrollo. Barcelona: Ariel.

Kliksberg, B. (2002). América Latina: Uma região de risco – pobreza, desigualdade e institucionalidade social. Brasília: UNESCO.

Martín-Baró, I. (1995). Processos psíquicos y poder. En D`Adamo, O.; García-Beaudoux, V. & Montero, M. (coords). Psicología de la acción política (pp. 205-233). Buenos Aires: Paidós.

Martín-Baró, I. (1998). Psicología de la liberación. Madrid: Trotta.

Minayo, M.C.S. (2008). O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec.

Minayo, M.C.S, Deslandes, S.F., & Gomes, R. (2010). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes. PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) (2010). Indicador do RDH avalia novas dimensões da pobreza mundial. Recuperado de http://www.pnud.org.br/noticias/impressao.php?id01=3597.

PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) (2013). Atlas do desenvolvimento humano do Brasil 2013. Recuperado de http://www.pnud.org.br/IDH/Atlas2013.aspx?indiceAccordion=1&li=li_Atlas2013.

Raitz, T. R. E., & Petters, L. C. F. (2008). Novos desafios dos jovens na atualidade: Trabalho, educação e família. Psicologia & Sociedade, 20(3), 408-416.

Ribeiro, K.G. (2008). Biodança e Saúde Percebida: Um olhar biocêntrico sobre a saúde. Dissertação Mestrado. Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Ceará, Brasil.

Ryan, W. (1976). Blaming the Victim. New York: Vintage Books.

Sen, A. (2000). Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras.

Sprandel, M. A. (2004). A pobreza no paraíso tropical: Interpretações e discursos sobre o Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumnará, 2004.

Waiselfisz, J. J. (2004). Relatório de desenvolvimento juvenil 2003. Brasília: UNESCO. Recuperado de http://unesdoc./org/images/0013/001339/133976por.pdf.

Yunes, M. A. M. (2003). Psicologia positiva e resiliência: O foco no indivíduo e na família. Psicologia em Estudo, 8, num esp, 75-84.

Authors who publish with this journal agree to the following terms:

  1. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication, with the work [SPECIFY PERIOD OF TIME] after publication simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgment of the work's authorship and initial publication in this journal.
  2. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.
  3. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).