Psychology, Interamerican
Ajuda humanitária em campos precários: reflexos nas relações interpessoais de refugiados
Creative Commons
PDF

Palavras-chave

Ajuda humanitária
Campos de refugiados
Refúgio
Relações Interpessoais
Reconhecimento

Como Citar

de Barros Souza, B., & Garcia, A. (2024). Ajuda humanitária em campos precários: reflexos nas relações interpessoais de refugiados. Revista Interamericana De Psicología/Interamerican Journal of Psychology, 58(1), e1839. https://doi.org/10.30849/ripijp.v58i1.1839

Resumo

Atualmente, boa parte das mais de 35 milhões de pessoas reconhecidas como refugiadas — no geral, por países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento — vivem em campos precários, onde predominam ações variadas de ajuda humanitária, como aquelas em prol de “saúde mental e apoio psicossocial” (SMAPS). Esta revisão narrativa de literatura pondera sobre os reflexos de SMAPS nas relações interpessoais de refugiados nos campos, discutida à luz dos aportes teóricos de Robert Hinde e Axel Honneth para as Ciências Sociais. Espera-se que as ferramentas conceituais aqui propostas possam guiar a análise temática de como opera a ajuda humanitária, bem como seus desafios, nos campos precários para refugiados.

https://doi.org/10.30849/ripijp.v58i1.1839
PDF

Referências

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ([ACNUR], 2004). Protracted refugee situations. Nações Unidas.

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ([ACNUR], 20006). Practical guide to the systematic use of standards and indicators in UNHCR operations. Nações Unidas.

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ([ACNUR], 2014). Policy on alternatives to camps. Nações Unidas.

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ([ACNUR], 2023). Global trends: Forced displacement in 2022. Nações Unidas.

Braun, V., & Clarke, V. (2006). Using thematic analysis in Psychology. Qualitative Research in Psychology, 3(2). 77-101.

De Carvalho, C., & Pinto, M. (2018). Refugee camp as an immediate solution: Response and its psychological meanings. Peace and Conflict. Journal of Peace Psychology, 24(3), 277-282.

Feyera, F., Mihretie, G., Bedaso, A., Gedle, D., & Kumera, G. (2015). Prevalence of depression and associated factors among Somali refugee at Melkadida camp, southeast Ethiopia: a cross-sectional study. BMC Psychiatry, 15(1), 171-177.

Flick, U. (2008). “Entrevista episódica”. In Bauer, Martin W.; Gaskell, G. (Eds.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático, (pp. 114-136). Vozes.

Flick, U. (2013). Introdução à metodologia de pesquisa: guia para iniciantes. Penso.

Fultz, J. & Cialdini, R. B. (1991). Situational and personality determinants of the quantity and quality of helping. Hinde, R. A., & Groebel, J. (Orgs.). Cooperation and Prosocial Behaviour, (pp. 135-146). Cambridge Uiversity Press.

Gagliato, M. F. (2018). Saúde Mental e Apoio Psicossocial em emergências humanitárias: uma análise crítica entre políticas e práticas atuais de assistência. 163 p. Tese (Doutorado em Saúde Global e Sustentabilidade), Faculdade de Saúde Pública (USP), São Paulo. https://doi.org/10.11606/T.6.2019.tde-21032019-170435

Hinde, R. A. (1987). Individuals, relationships and culture: Links between ethology and social sciences. Cambridge University Press.

Hinde, R. A. (1997). Relationships: A dialectical perspective. Psychology Press.

Hinde, R. A. (2007). Bending the Rules: Morality in the Modern World - From Relationships to Politics and War. Oxford University Press.

Hinde, R. A., & Groebel, J. (1991). Cooperation and prosocial behaviour. Cambridge University Press.

Honneth, A. (1992). Integrity and disrespect: principles of a conception of morality based on the theory of recognition. Political Theory, 20(2), 187-201.

Honneth, A. (2003). Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. Editora 34.

Honneth, A. (2013). O eu no nós: reconhecimento como força motriz de grupos. Sociologias, 15(33), 56-80. https://doi.org/10.1590/S1517-45222013000200003

Inter-Agency Standing Committee. (2007). Diretrizes do IASC sobre Saúde Mental e Apoio Psicossocial em emergências humanitárias. IASC.

Janmyr, M. (2014). Attributing wrongful conduct of implementing partners to UNHCR: International responsibility and human rights violations in refugee camps. Journal of International Humanitarian Legal Studies, 5, 42-69.

Junger, G., Cavalcanti L., Oliveira, T., & Lemos, S. (2023). Refúgio em números. Brasília. https://portaldeimigracao.mj.gov.br/pt/dados/refugio-em-numeros

Kamau, M., Silove, D., Steel, Z., Catanzaro, R., Bateman, C., & Ekblad, S. (2004). Psychiatric disorders in an African refugee camp. Intervention, 2(2), 84-89.

Organização das Nações Unidas ([ONU], 1951). Convenção relativa ao estatuto dos refugiados. ONU.

Pacheco, A. J. C. (2010). Campos de refugiados: Relaciones socio-ambientales según la temporalidad. [Dissertação de Mestrado]. Universidad Autónoma de San Luis Potosí, México.

Ramos, E., Donda, E. O. C. S., & Silva, R. C. (2017). Ação Humanitária. Cavalcanti, L., Botega, T., Tonhati, T., Araújo, D. (Orgs.). Dicionário crítico de migrações internacionais. UnB. https://doi.org/10.7476/9788523013400

Rodrigues, A., Assmar, E. M. L., & Jablonski, B. (2009). Psicologia social. Vozes.

Vijayakumar, L., Mohanraj, R., Kumar, S., Jeyaseelan, V., Sriram, S., & Shanmugam, M. (2017). CASP: An intervention by community volunteers to reduce suicidal behaviour among refugees. International Journal of Social Psychiatry, 63(7), 589-597.

Vu, Q. G. N. (2007). Journey of the abandoned: Endless refugee camp and incurable traumas. Signs: Journal of Women in Culture and Society, 32(3), 580-584.

Welton-Mitchell, C. E. (2013). UNHCR’s mental health and psychosocial support: For staff. Genebra: Nações Unidas. https://www.unhcr.org/51f67bdc9.pdf

Wessells, Michael G. (2008). Do no harm: challenges in organizing psychosocial support to displaced people in emergency settings. Refuge: Canada's Journal on Refugees, 25(1), 6-14. https://doi.org/10.25071/1920-7336.21392

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Beatriz de Barros Souza, Agnaldo Garcia